Às vezes é só o desejo ferroviário de partir. O colocar a mala na rede por cima do assento. Esperar que ninguém nos acompanhe na carruagem. Abrir o jornal e adormecer, na ronronante viagem. Num qualquer apeadeiro, perdidas já as saudades de tudo, e ainda sem saber para que destino, mirar todos e cada um dos que entram a bordo, como se houvesse neles uma razão que a nós nos falta. Às vezes é só ficar eternamente no cais, a mala por fazer. um itinerário pelos carris do sonho pelas estações da ilusão.
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4 comentários:
Ah, como é bom viagens assim...sem destino, ou com destino, mas com direito à volta! Abraço
É uma bela reflexão, me deu vontade de viajar.
Grande abraço e sucesso!
Quanto tempo faz que não coloco a mala na redinha por cima do banco!
Há mais de cinco anos que não viajo de comboio.
Um texto muito bonito
Um abraço e uma boa semana
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