9 de jun. de 2007

Meus rabiscos ...

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quando a tristeza me ronda
como fera faminta
cravo minhas unhas desesperadamente
na montanha imaginária da lucidez
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vou descendo
às vezes lentamente
às vezes tão rápido que penso ser o fím
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ouço claramente o barulho do atrito
sangro
mas não grito
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minhas garras continuam
deixam marcas
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minhas garras
a última parte que vai morrer em
mim
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Leonor Cordeiro

3 comentários:

Anônimo disse...

Querida amiga!
Seu poema carrega uma tristeza velada. Anime-se poeta, pois "[...] mais é claro que o sol surgirá amanhã mais uma vez, eu sei. Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã, espera que o sol já vem [...]"
bjs da
Maria Antonia

Evelyne Furtado. disse...

Leonor, querida!
Que beleza de poema! Garras afiadas e mente aguçada. Coração de gente que sofre e supera a tristeza. Seja o que for, passará e suas palavras dançarão outra vez.
Beijos!
Veca

Anônimo disse...

Isso é a lógica do jejum: a alma fala em transe, coisas que não conseguiria dizer com a barriga cheia. Mas, no caso da Leonor, não importa o estado do corpo: tem uma das almas mais livres do mundo. Sangrando ou festejando.
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