17 de jun. de 2009

Exausto

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eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
semente.
muito mais que raízes.
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(Adélia Prado)
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9 comentários:

Unknown disse...

É a doença que torna a saúde agradável e boa, o mesmo faz a fome com a saciedade, e o cansaço com o repouso .

Beijo.

Tati Martins disse...

Amo Adélia Prado!
Um beijinho

Elvira Carvalho disse...

Como é bom encontrar Adelia Prado por aqui.
Obrigada pela partilha
Um abraço

Giz de Cera - Fruição e Arte disse...

Adélia é flor no pé...bonita e feliz.

angela disse...

Tem dias assim, em que tudo que se deseja; é nada

José Carlos Brandão disse...

A poesia é a graça de um estado.
E são as sementes. As flores e os frutos vêm do milagre das sementes. A poesia é esse milagre.

Beijos.

Paulo Tamburro disse...

Parabéns pela sensibilidade da escolha.

Seu blog ten muito o que ver e ler, é o que começo a fazer agora.

Serei seu seguidor

Bernardo disse...

Olá. Gostei do seu blog. Tenho um que, talvez por afinidade, valha a pena você dar uma olhada. O endereço é http://humanosbelosetristes.blogspot.com/ .
Grato. Paulo Grasso

disse...

Oi Leonor! Apesar da exaustão, continuemos e tentemos alcançar esse estado de completo abandono das coisas inúteis e efêmeras. Belo poema! Bjins e até!