Eunice Arruda...

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TÃO TRANQÜILA

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Tão tranqüila a sala

A tarde caminha lenta impune

Portas fechadas

ressoam vozes

lá fora

um telefone jamais chama

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Talvez chova ainda hoje

mas agora

nenhum risco ou relâmpago

Posso dormir neste barco

há árvores à margem sombreando o rio

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É tão tranqüila a sala

na tarde seguindo lenta

E vibra

ardente

como uma palma de mão

Aqui descanso do sim e do não

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Eunice Arruda

(do livro "Risco" - Nankin Editorial, 1998 – SP)

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Há um instante em que a memória é estreita
para conter o mar, o sal, os navios,
a penumbra branca das gaivotas.

Um instante de nudez perfeita.

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Albano Martins

Pintura de José Pancetti : Saquarema

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Quando o verão
morre, as amoras
se vestem de luto.
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Albano Martins
(Com as Flores do Salgueiros, de 1995)

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Vinicius...

O leitor e o livro...
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Árvores
que me doem
na garganta
- quem as arranca?
Quem as planta?

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Albano Martins

Pintura de Frida Kahlo

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Jorge Luis Borges

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Gustave Courbet

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"(...) em pequeno, eu costumava maravilhar-me com o fato de que as letras de um livro fechado não se misturassem e se perdessem no decorrer da noite".
Jorge Luis Borges

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Em São Paulo ...

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(clique para ampliar)

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