8 de mai. de 2009

Das margens

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Meu poema não é feito da água dos rios,
mas das lágrimas que as águas dos rios não levam.
Tenho um poema de urgências que me reinventa
à cada margem da vida.
Tudo em mim é líquido.
Meu poema é líquido.
Meus oceanos vazam enquanto nado em desertos.
Suo e sou a liquidez das manhãs
transbordando incêndios em silêncios.
Em mim, celebro um poema.
Dentro de mim, líquido, mora um poema.
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Adriana Monteiro de Barros
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7 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

Um poema fluido...

Unknown disse...

"A razão e a fé são as duas margens do mesmo rio ."

Bom fim de semana.
Beijo.

Sonia Regly disse...

Amigos Queridos

O novo endereço do Compartilhando as Letras é:
www.compartilhandoasletras.com
Atualizem os liks para continuarem recebendo os novos Posts.
Beijo

angela disse...

hoje li "O Ser do rio é o permanente deixar de ser"..."tudo é liquido...e incerto" do Rubem Alves.
Lindo poema com imagens tão contrstantes e todas se liquifazendo.

Anônimo disse...

Informo que tem um prémio no blogue «A Revolta das Frases»
http://arevoltadasfrases.blogspot.com
Parabéns!

Adrianna Coelho disse...


Leonor,

É uma alegria enorme, para mim, ver uma poesia da Adriana com destaque no seu espaço. Ver que essa grande poeta está tendo o merecido reconhecimento também na web...

E uma dica: o livro Pianos Invisíveis é muito, muito lindo!

beijos

Leonor Cordeiro disse...

Renata, Manuel e Sônia,
Que bom receber vocês por aqui.
BJS!!!

Angela,
Obrigada por compartilhar a sua leitura. Rubem Alves é especial!

Maria,
Deixei um recado em seu blog.
Muitíssimo obrigada pelo presente!
bjs!

Adrianna,
Vou postar outros poemas. Eles são lindos!
Os seus também moram no meu coração...
Grande abraço!

Rê,
Deixei recadinho para você.
Fiquei muuuiiiito feliz com o seu presente.
Mil beijinhos!!!!