10 de fev. de 2010

Rotina

Edward Hopper

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Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.


Eugénio de Andrade
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6 comentários:

angela disse...

Amei!
O poema e a pintura. Quanto isolamento!
beijo

esteblogminharua disse...

Oi, Leonor. Vom conferir se de fato há algum problema nas configurações do seu blog, e não vi nada de mais. Aqui uso o Linux Educacional 3.0, Firefox e tudo esta perfeito. Parabens pelo visual e pela proposta. Esta ótima. Tb gosto muito de poesias.
Voltarei mais vezes.
Abraços dessa Belém enchuvarada
Franz

Unknown disse...

Lindo.

Beijos.

Sônia Brandão disse...

Mas não seja já.

... quem sabe um dia aprendamos a ver.

Beijo.

José Carlos Brandão disse...

Por isso existe a poesia.
É preciso que a vida - tão terra a terra - seja mágica.

Beijo.

Dalva M. Ferreira disse...

Concordo...