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Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
Eugénio de Andrade
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6 comentários:
Amei!
O poema e a pintura. Quanto isolamento!
beijo
Oi, Leonor. Vom conferir se de fato há algum problema nas configurações do seu blog, e não vi nada de mais. Aqui uso o Linux Educacional 3.0, Firefox e tudo esta perfeito. Parabens pelo visual e pela proposta. Esta ótima. Tb gosto muito de poesias.
Voltarei mais vezes.
Abraços dessa Belém enchuvarada
Franz
Lindo.
Beijos.
Mas não seja já.
... quem sabe um dia aprendamos a ver.
Beijo.
Por isso existe a poesia.
É preciso que a vida - tão terra a terra - seja mágica.
Beijo.
Concordo...
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