hyaku nen no
keshiki o niwa no
ochiba kana
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Cem anos de idade —
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Cem anos de idade —
A paisagem das folhas
Caídas no jardim.
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Bashô
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Nasci em Pacaembu, uma cidade colonizada principalmente por imigrantes japoneses. Cresci entre dois grupos que marcaram a minha maneira de viver e de amar, de um lado os japoneses, do outro, os italianos.
Comemorar os 100 anos da imigração japonesa no Brasil, é falar sobre uma parte da minha história.
Comemorar os 100 anos da imigração japonesa no Brasil, é falar sobre uma parte da minha história.
Pharmácia Moderna e Alfaiataria SSAITO
Palavras escritas nas duas línguas
Minha mãe com uma das suas afilhadas
Família amiga
Aniversário de um amiguinho
(Sou a primeira menina do lado esquerdo da foto)
Amigas queridas do grupo escolar
BANZAI FAMÍLIA MYIATA !
Minha mãe com uma das suas afilhadas
Família amiga
Aniversário de um amiguinho
(Sou a primeira menina do lado esquerdo da foto)
Amigas queridas do grupo escolar
BANZAI FAMÍLIA MYIATA !
Os Myiatas formavam uma grande família e viviam todos juntos na casa principal da fazenda.
Maria Myiata sempre se hospedava em minha casa, por causa dos tratamentos que fazia. Dizia que seu estômago estava caído, usava um colete apertado, mas não conseguia se livrar do problema.
Maria acompanhou minha mãe em sua árdua luta contra o meu primeiro incômodo: um umbigo saltado na barriga. Fizeram de tudo, usaram moedas, amarraram coisas, colocaram misturas caseiras, mas nada adiantava. Foi quando conheceram uma benzedeira que fazia milagres.
E lá fomos nós para a benzedeira: Maria, mamãe e eu. Seguimos o ritual ao pé da letra, sem faltar ou atrasar um dia sequer. No sétimo dia, a surpresa: o umbigo misteriosamente já estava no lugar.
Seu Myiata trouxe do Japão uma arte que estava relacionada com o cotidiano dos japoneses, o artesanato com bambu. Ele passava horas sentado num banquinho, mergulhado entre a saudade da sua terra e a criatividade. Enquanto trabalhava, surgiam balaios, peneiras, lanternas, móveis , sombrinhas, leques... Objetos que eram presenteados aos filhos, vizinhos e amigos.
Certo dia, minha mãe alugou um Pé-de-bode, queria visitar os Myiatas. Num instante, já estávamos saculejando por aquele estradão de terra: mamãe, tia Alzira e eu. O carro era minúsculo, mal dava para respirar. No caminho passamos por uma ponte alta, ponte velha, estreita, depois começamos uma subida íngreme. No início, o carro já começou a mostrar sinais de cansaço. No meio, começou a falhar e, de repente, morreu. Morreu e foi despencando ladeira abaixo e só parou num tronco pertinho da ponte de madeira.
Não sei como chegamos no sítio dos Myiatas. Não sei o que minha mãe falou para o motorista quando a poeira baixou, mas sei que nunca mais andei de Pé-de-bode em toda a minha vida.
.osoki hi no tsumorite tôki mukashi kana
Dias que se alongam —
Cada vez mais distantes
Os tempos de outrora!
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( Na próxima postagem: BANZAI FAMÍLIA KAVASHIMA! )
( Na próxima postagem: BANZAI FAMÍLIA KAVASHIMA! )
8 comentários:
Histórias, a saudade é uma amiga gentil e generosa para com a gente, não acha? Porque é através dela que as lembranças encontram espaço em nossa pele e nos permite reviver momentos que tiveram diferentes significados e acho que é através dela que continuamos vivendo, mesmo depois que tudo se acaba.
Abraços meus caríssima
Que delícia ler estas passagens de vida, que lembranças maravilhosas, obrigada por compartilhá-las conosco.Também tenho muito carinho pela colônia japonesa do Brasil, algumas de minhas melhores amigas fazem parte dela.
Beijos e uma boa semana para você.
Leonor:
Fiquei encantada!
Que história maravilhosa!
Fiquei emocionada...
"A recordação é uma forma de encontro" (Gibran)
Receba um abraço, meu carinho
e admiração.
Querida Leonor,
Estou linkando seu belo Blog e te colocando como favoritos nos Blogs blogs.Beijinhos.
Amiga Leonor,
Já linkei seu Blog, vai lá conferir, ficou legal!!!!
Coloquei um lindo slide sobre o meio ambiente.BJS
Tão bom quando se tem boas coisas para lembrar!! Pé de bode!! Quanto tempo não ouvia isso!! Beijus
Oi Leonor, eu sou a Maria Miyata da foto publicada,fiquei muito feliz em rever as fotos da minha família e mais feliz ainda por ter falado novamente com você após tantos anos, espero podermos manter contato agora que nos reencontramos....
Anota meu email esta no nome do meu marido, mas sou eu quem acesso, me envie seu email ok?
augustoiamashita@hotmail.com
Abracos, Maria Miyata Iamashita
Oi Leonor, eu sou a Maria Miyata da foto publicada,fiquei muito feliz em rever as fotos da minha família e mais feliz ainda por ter falado novamente com você após tantos anos, espero podermos manter contato agora que nos reencontramos....
Anota meu email esta no nome do meu marido, mas sou eu quem acesso, me envie seu email ok?
Abracos, Maria Miyata Iamashita
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