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Que fizeste das palavras?
Que contas darás tu dessas vogais
de um azul tão apaziguado?
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E das consoantes, que lhes dirás,
ardendo entre o fulgor
das laranjas e o sol dos cavalos?
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Que lhes dirás, quando
te perguntarem pelas minúsculas
sementes que te confiaram?
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Eugénio de Andrade
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5 comentários:
[sabendo a composição de cada partícula do poema, Eugénio reordena cada pequena silaba terrena]
um imenso abraço,
Leonardo B.
A poesia de Eugénio é obra de mestre. Nem parece que é profunda.
Grande abraço, Leonor.
Eugénio de Andrade é um dos meus poetas preferidos. Nele a palavra ganha, na sua simplicidade, musicalidade e dimensão...
Beijo :)
O grande Eugénio de Andrade.
Beijinho.
Eugénio é um dos meus preferidos.
A epígrafe do meu livro tirei de um poema dele.
bjs
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